Devia ter nascido sem cérebro. Para o que fazia, ao contrário do que todos possam pensar, não era preciso e para o que agora me decidi a fazer é um verdadeiro empecilho.

"Terás feito bem?!"; "E agora, como vais sobreviver?!"; "Xii!!! Não viste as notícias?! Estamos quase em banca-rota!". Costumo dizer que não precisam de me deitar abaixo porque eu tenho a brilhante capacidade de fazer isso a mim mesma melhor do que ninguém.

Como devem calcular os dias seguintes foram de estranha e arrepiante convivência com essa realidade. Vou ficar no desemprego não sei quando, nem por quanto tempo. Muito menos em que área (uma das hipóteses era arrumar de vez a carreira e ir plantar salsa ou fazer queijos para venda - não, não eram estes os meus sonhos de vida, mas nunca se sabe).

Não basta um assustador conflito interno e temos ainda de lidar com os outros. Raios os partam! Têm a minha idade, mas a mentalidade dos meus avós e o mesmo espírito de aventura que eu tenho quando vejo um cão grande. Tremo da cabeça aos pés como uma criança que fez asneira e vai levar uma palmada. Eu sei que desta não fiz asneira. Mas irá alguém convencer os outros do contrário?!


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